Esses dias tenho pensado bastante sobre a minha paixão em colocar sentimentos, observações e o que vier à tona sob forma de texto.
Nessa reflexão algo ficou explÃcito: não foram os livros que incendiaram meu amor pela escrita, mas os filmes! Cresci assistindo obras ambientadas em Nova York, onde a maioria dos protagonistas eram escritores ou jornalistas. Alguns exemplos dos filmes: Hitch, um conselheiro amoroso; Cartas para Julieta; Paixão de Aluguel; O Diabo Veste Prada…
Nesses longas-metragens outro fator comum além da escrita e da cidade é que todos os personagens tinham algum ponto a ser superado para conquistarem o que tanto queriam. A escrita funciona dessa forma também. Explico, podemos ler e reler o mesmo texto muitas vezes, reorganizar ideias, evitar palavras repetidas, ousar repeti-las, mas o escritor precisa acreditar que para seu amadurecimento além de todas as etapas criativas, de correção textual etc, o texto precisa ser publicado!
O escritor só será escritor se tiver alguma publicação, seja ela boa ou ruim. O chef só ganhará uma estrela Michelin se ousar servir. Assim em todas as profissões e áreas de nossa vida. Conforme os parágrafos e mais e mais dedilhadas, o músculo já não fica tão dolorido quando digita.
A observação do que acontece ao redor, e é fonte para o trabalho, se torna quase que automática. As ideias se deparam com linhas horizontais, não vivem perdidas em labirintos. Até que…puff…o motor precisa ser recalibrado.
Tudo que é mecânico de certa forma é bom, até pifar. Quando quebrar, quer dizer que chegamos novamente a cena do filme em que o personagem precisa se readaptar, melhorar, provar a si que consegue. Pause o filme real e quando conseguir novamente: dê o play e encerre.
Bem, vou terminar por aqui. Afinal, ninguém de Hollywood está pagando para eu escrever meu próprio prólogo ou seria um posfácio? O que preferir, esse texto faz parte do seu filme agora.
Até breve, Ju.
Vamos para a dica de hoje?
Para quem quer iniciar na escrita, vale demais a leitura de um artigo publicado pelo The Guardian com algumas dicas essenciais  para simplificar o processo criativo.