Publicado em 16 de jun de 2020

De que valem elogios online, quando o real se perdeu?

Já escutou aquela frase “disappointed but not surprised”, tradução para “decepcionado, mas não surpreso”? Resumo assim muito do que tem acontecido em minha vida. Não, não sou daquelas pessoas pessimistas. Na verdade, sempre arranjei um jeito de tirar o lado bom de tudo! Entretanto, me pego a usar esse conjunto de palavras, ou seja, caí no conformismo. Ruim ou bom, caí…

É engraçado como você posta uma foto no feed toda poderosa, maquiada, evidenciando o seu melhor e os comentários são ótimos. Claro, a autoestima fica lá em cima. Momentaneamente. Já que em contramão a um stories, não digo nem triste, mas real, com debates internos, músicas que fazem pensar, aquele bando de “dedilhistas” que diziam estar por você a qualquer momento da vida: puf 💨

De que valem elogios online, quando o real se perdeu?

Creio que essa fuga do sentir, do contato com o nosso “eu” seja uma das razões que alimentem a abundância de conteúdo produzido por influenciadores digitais, julgados por muitos internautas, como superficiais. Porém, aí que está: no seu próprio cotidiano, na atenção que você dá aos seus amigos e colegas, quanto tempo você separa para palhaçadas e quanto tempo separa para raciocinar sobre a vida. Há equilíbrio?

Sei que falando assim parece um trabalho exaustivo, às vezes até chato né?! Mas o humano tem uma das características mais incríveis do ser: a consciência. Se não for pra si ajudar e ao próximo de forma efetiva, pelo menos um pouco do dia, de que vale ter 86 bilhões de neurônios? Seria como um comentário exaltando a beleza de uma carcaça sem motor.

Enfim, quero te dizer que aprendi com a minha irmã e seus cancelamentos de compromisso comigo! Se você promete, cumpre! Ou pelo menos deveria fazer de tudo para conseguir atingir com o combinado. Afinal, ninguém o obrigou a dar sua palavra, então seja honesto consigo e com o outro.

Não alimente um pássaro para um voo sem asa, assim não acabará como eu…cogitando andar sozinha a escutar outra desculpa ou outro não.

Até breve, Ju.

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Postado por

Juliana Garcia

Sou jornalista, apaixonada por audiovisual, redes sociais, pessoas e histórias. Mas não só. Gosto da arte, da natureza, da vida. Que de vez em quando nos faz de cactos, ensina a sobreviver em meio às adversidades. E tá tudo bem, porque tudo é questão de perspectiva. Concorda? 

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