Publicado em 09 de jan de 2019

Precisamos falar de Bandersnatch

Oioioi, temos que falar sobre Black Mirror! Na sexta-feira de ano novo, 28/12, a então série da Netflix decidiu lançar um filme. Não apenas um longa normal, mas uma trama interativa na qual você escolhe o que vai acontecer em certos pontos do filme.

Stefan Butler, protagonista do filme, é um programador de 19 anos – Foto: Netflix/Produção

A série sempre abordou assuntos relacionados a tecnologia de uma forma bem crítica que nos faz ficar pensando e analisando inúmeras coisas ao final de cada episódio. E o que “Black mirror:  Bandersnatch” nos faz pensar?

A principio o protagonista do enredo parece apenas ter uma vida normal sem nada muito inovador na década de 80. Antes de assistir encontrei meu irmão na sala de casa com a minha cunhada fazendo o seguinte comentário “não tem nada de black mirror nesse filme, não tem nada de tecnologia, é um menino normal”.

Porém dessa vez – do meu ponto de vista – a Netflix não se conteve apenas com um enredo que falasse sobre os assuntos que eles queriam e pronto. Nessa produção eles decidiram mexer com cada telespectador sentado em seu sofá de uma forma única.

Começamos pelo fato de que você está escolhendo o que vai acontecer. Apesar de já existirem livros com essa perspectiva, essa foi a primeira vez que me deparei com um filme que me desse essa liberdade.

As escolhas são feitas através de uma barra na parte inferior da tela – Foto: Netflix/Produção.

A partir desse ponto cada telespectador cria uma conexão especial e diferente dos outros com o que acontece em sequência. (ALERTA SPOILER) Por exemplo: caramba se eu tivesse escolhido o outro cereal será que eu não teria que estar matando um dos dois nesse momento? Porque não é o diretor que tomou essa decisão, é você, eu.

E a partir desse pensamento eu me levei a outro (viajei bastante, eu sei, mas me acompanha aqui). A sensação de que você está no controle é ilusória, afinal em nenhum momento temos a possibilidade de não escolher por exemplo, ou então optar por uma terceira opção que não foi colocada ali.

Cheguei a conclusão, ou melhor, no questionamento “sou eu que estou controlando ou são eles?”. Para mim o enredo todo não se trata do que acontece na história que está passando na tela do seu celular, nootbook ou televisão, se trata de como a nossa cabeça funciona e a ilusão que criamos de controle sobre as coisas.

Viajei muito? Vocês também enxergaram isso? Conta pra mim o que Bandersnatch te fez pensar!

Beijos de brigadeiro, Ana.

Tags

Postado por

Equipe

De todas as ruas que existem nos seis continentes do mundo, há pessoas querendo falar. Pois bem, o R6 dá voz.

Comentários

  • Ines

    Em 09.01.2019

    Não assisti, depois desse blog fiquei com vontade kkkkk.

  • Juliana Garcia

    Em 09.01.2019

    Então, corre para pegar a pipoca e bom filme =)